"Escrever é traduzir. Sempre o será. Mesmo quando estivermos a utilizar a nossa própria língua. Transportamos o que vemos e o que sentimos (supondo que o ver e o sentir, como em geral os entendemos, sejam algo mais que as palavras com o que nos vem sendo relativamente possível expressar o visto e o sentido…) para um código convencional de signos, a escrita, e deixamos às circunstâncias e aos acasos da comunicação a responsabilidade de fazer chegar à inteligência do leitor, não a integridade da experiência que nos propusemos transmitir (inevitavelmente parcelar em relação à realidade de que se havia alimentado), mas ao menos uma sombra do que no fundo do nosso espírito sabemos ser intraduzível, por exemplo, a emoção pura de um encontro, o deslumbramento de uma descoberta, esse instante fugaz de silêncio anterior à palavra que vai ficar na memória como o resto de um sonho que o tempo não apagará por completo." ...
Por José Saramago
Parte de um texto de Saramago que tenta explicar um pouco do "escrever" sentimentos, "traduzir" emoções...
Há coisas que ainda estão presas na cabeça sem conseguir minha expressão!!! melhor, aprisionada no coração... ele espera o tempo passar... to esperando sentada!!!!!!!
Há coisas que ainda estão presas na cabeça sem conseguir minha expressão!!! melhor, aprisionada no coração... ele espera o tempo passar... to esperando sentada!!!!!!!
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