sábado, 28 de agosto de 2010

Nossos desafios!


Uma certa preocupação vem me tomando espaço entre os meus pensamentos: vale a pena insistir em tentar modificar alguma coisa que não está sendo do meu agrado? Bem, ai depende! Foi essa a conclusão que cheguei:depende!!!!
Se essa modificação for interna e estiver relacionada com a minha própria essência de personalidade e/ou de atitudes acredito que vale a pena sim. Tudo é válido se for para evitar um sofrimento a mais, tudo é válido para que não seja necessário passar por outras situações equivalentes em tempos passados, tudo é válido caso o principio fundamental seja a felicidade...
Tento, persisto e continuo tentando ...kkkk... mas de uma coisa que nunca mais vou abrir mão é o fato de parar de me adaptar à realidade para agradar e satisfazer aos outros. Temos que construir as relações interpessoais em cima do que somos, aceitando os defeitos, principalmente. Aceitar as qualidades é muito fácil, o mais desafiador é conviver diariamente com os defeitos do próximo...
Mas, essa palavra "defeito" é bastante relativa! A mesma qualidade nutrida por 2 pessoas pode, em outra situaçõe, se tornar desconfortável e ou até mesmo fatal para a continuidade de algum tipo de relacionamento seja ela entre amigos, familiares, namorados, noivos, maridos etc etc etc...
Agora já indo para o outro lado da história: Caso essa mudança esteja relacionada com a interferência de atitudes de uma pessoa para com a outra, ai a coisa já muda! Não podemos manipular atitudes alheias, muito menos definir e esteriotipar como a mais coerente a atitude de uma outra pessoa como sendo a mais perfeita para nós. Cada ser é único, foi assim que Deus nos criou, à sua imagem e semelhança, mas individual em qualidades e personalidades...
Nossa atitudes sempre são condizentes com o que somos internamente e ninguém tem o direito de tentar manipular isso para benefício próprio. Essa análise é indivudual. Mudamos a partir do momento que nós mesmos percebemos que algo não está certo e que estamos provocando algum tipo de desconforto ou sofrimento em nós por causa dessas nossas atitudes!
A experiência é individual...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Amizade




Ah, esse fenômeno instigante, o das amizades que se mantêm independentes da convivência.

Será amizade? Não sei responder. Sei que com algumas pessoas (poucas), há uma insistência teimosa em desejar ver, trocar idéias e experiências, creio, pela certeza da reciprocidade e do "ser aceito”.

Sim, talvez seja a certeza de ser aceito, uma das maiores necessidades humanas neste mundo de incompreensões. Talvez seja a necessidade da existência de certeza prévia de acolhimento ao que somos como somos e ao que pensamos o fermento da amizade.

O mistério da amizade talvez resida no alívio que traz a existência de alguém que nos acolha.
Digo acolha e, não, recolha aí já seria dependência de um lado e paternalismo do outro.

Acolher significa receber de bom grado, previamente, sem julgamentos ou resistências. É molesto o fato de que os
seres humanos vivam a julgar e que suas opiniões prévias interponham barreiras na comunicação, dificultando-a.

O mistério da afinidade consiste na inexistência das resistências ao outro, mesmo quando haja discordância.
Isso não deriva apenas de afeto. Quantas vezes há afeto entre as pessoas sem, porém, a aceitação natural, espontânea e prévia?

Verifique nas amizades tidas e vividas ao logo da vida, o que delas restou.
Haverá muita vivência, boa e má.
Raramente, porém, restará a amizade...

Com os anos, vão se tornando escassas as amizades que atravessaram o terreno íntimo que lhes é próprio sem arranhões e sem mágoas, restando, como fruto, após ingentes experiências humanas e existenciais, apenas (e já é tanto...) a amizade.

Amizade é o que resta da amizade.
Se o que resta de uma amizade
é amizade, então amizade é.
Da verdadeira!

(Autor: Artur da Távola)


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Uma vida com propósitos!


Bem, por tanto tempo nada postado por aqui!!!! Inicialmente por causa do moldem da net que não queria pegar sinal para conectar, e depois foi por falta de tempo messsssmo...
Vida renovada em Jesus é a melhor coisa do mundo. Tenho me dedicado aos momentos que me agradam, nada de imposição e muito menos de fazer as coisas por fazer. Não muito diferente estou no dia-a-dia em relação ao tempo livre, mas descobri que quando se aproveita mesmo o "pouco tempo livre" que temos tudo nos parece menos pesado e mais intenso para ser vivido!!!
Entrei agora no Quinto período do curso e junto com ele algumas novidades na minha vida acadêmica: os plantões. Estão sendo agora de Obstetrícia e estou amando.... Ninguem tem a noção do quão mágico é a natureza divina em permitir a maternidade! Quanto mais o tempo passa mais tenho dúvida em que área quero me especializar....kkk...
Entre as cesáreas da vida e os partos normais que acontecem pelas minhas madrugadas acordadas estou aprendendo como humanizada deve ser a área médica. Em um momento tão delicado da nossa vida acabei por perceber que o que muitas mães querem é sentir segurança em alguém que vai estar alí ao lado dela na hora de seu tão esperado filhinho nascer.
Para mim o melhor está sendo a experiência em descobrir que podemos ajudar de várias formas, mas em todas está implícita a dedicação com amor em tudo o que nos envolvermos!!!

Amor... essa palavra tem me vindo muito na cabeça!!!!!

Meu parceiro de plantão é Marcelo, este mesmo ai da foto....kkkk... muito bom esses momentos tchetchelo!!!!!!!!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O contrário do amor

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível: que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.